Na atual conjuntura pandémica, em que as casas são mais intensamente vividas, recordamos o livro “O que nos dizem as casas”, de 2006, da autoria e design de Carlos Janeiro. Uma publicação do Museu Municipal de Coruche no âmbito da coleção Trajetos da História, que conta já com a edição de quatro monografias. Convidamo-lo a ler e a refletir sobre o tema em questão, que o arquiteto apresenta em jeito de ensaio.

Efetivamente tudo tem um tempo e o tempo deixa marcas. Na vila de Coruche muitos são os olhares que podemos fazer sobre o património edificado, não só observando os imóveis de per si, mas também analisando o conjunto dos mesmos. Na Praça da Liberdade, centro da vila, a história que se pode contar é secular, fruto da dinâmica de um sítio que sempre foi vivido e construído, cujo mosaico cenográfico urbano suporta uma identidade coletiva. Pelo que, de entre o conjunto edificado da Praça da Liberdade, em Coruche, o nosso olhar fixou-se num edifício de três pisos, aquele que apresenta uma cércea superior a todos os outros e cuja arquitetura é mais moderna, tida como “dissonante”, tornando-se indispensável um saber mais...

A partida de Heraldo Bento, o Sr. Heraldo, como lhe chamávamos com todo o respeito e carinho, foi fortemente sentida na comunidade coruchense. Mas, como escreveu Fernando Pessoa, “A morte é a curva da estrada, morrer é só não ser visto”. Assim será!

É bom recordar e manter presente o que verdadeiramente importa. A essência do que somos e porque aqui estamos. A  nossa história começa bem antes de nós… “A vida começou na água há cerca de 3,5 biliões de anos” e hoje “sabemos que a nossa espécie depende de biodiversidade elevada, pois aparecemos na Terra quando existia o máximo de biodiversidade no nosso planeta […].” Palavras escritas em 2014 e 2016, respetivamente, pelo Professor Jorge Paiva, em dois dos seus postais da época festiva do final de ano, com leitura disponível no Centro de Documentação Margarida Ribeiro. Biodiversidade é, sem dúvida, de forma incontornável, um requisito para a nossa existência. Mas, além do mais, entenda-se que a biodiversidade integra, sem exceção, qualquer forma de vida em si mesma, meritória de todo o nosso respeito. Assim, nesta edição focamos o nosso olhar sobre aves de rapina, partilhando e agradecendo o prestimoso contributo da investigadora Inês Roque, com fotos de José Cordeiro, do álbum Bio-Sorraia.
E porque de cultura vive o Xadrez, saiba um pouco mais do que temos para lhe oferecer, visitando o Museu Municipal.
No Núcleo Rural de Coruche surpreenda-se com o “Outono em família”… 
Coruche tem sempre algo que pode descobrir, num vasto património Natural e Cultural ao alcance de todos. Estamos à vossa espera!

A edição desta newsletter leva-nos a sítios com História, onde a Arqueologia, mas também a documentação escrita e a cartografia, entre outros ramos do saber humanístico e/ou científico, desempenham um papel fundamental para o seu conhecimento. Neste contexto prestamos a nossa homenagem a Margarida Ribeiro pela obra que nos legou.

O projeto Ansor – Antropização do Vale do Sorraia (Coruche) esteve em destaque no programa Visita Guiada (RTP2), emitido no dia 27 de julho, pelas 23h00, atualmente disponível na RTP PLAY.  Sob direção de Paula Moura Pinheiro, o programa teve como participantes os Professores Victor S. Gonçalves e Ana Catarina Sousa (Uniarq, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), responsáveis do projeto.

Com o mês de Agosto a decorrer, cujo nome se deve ao imperador Augusto, convidamos todos vós a uma visita a Coruche, ao seu território, que proporciona percursos de bem estar e de usufruto patrimonial, cultural, natural e paisagístico.

Visite-nos e descubra o que o Museu Municipal de Coruche e respetivos Núcleos Museológicos têm para lhe oferecer, não esquecendo, na atual conjuntura pandémica, as normas em vigor. Saiba mais em www.museu-coruche.org

EDITORIAL

Há datas que marcam a nossa história. A história de cada um de nós. Outras, são comuns a todos. Fazem parte da nossa História, da nossa identidade coletiva. Assim, também a nossa memória, aqui partilhada, não pôde deixar de prestar homenagem a quem nos deixou um legado que se mantém presente. Pelo que, nesta edição, recuperamos um excerto do texto [1] que integra o catálogo da exposição inaugural do Museu Municipal O Homem e o trabalho – a magia da mão. Um texto de reflexão, numa conjuntura de pandemia originada pelo novo corona vírus, Covid-19, sendo certo que “A Natureza é uma só. Um pedaço do mundo é o mundo todo.”
Aproximamo-nos do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, 18 de abril, este ano sob o tema Património Partilhado. E no lema da partilha, damos a conhecer um projeto formativo, consolidado numa ação de formação, resultado de um amplo diálogo. Ainda, a recente classificação da Misericórdia de Coruche, razão de ser de uma breve nota histórica.
Que o luar da próxima Lua cheia traga a todos uma Páscoa Feliz, com saúde, e que seja o renascer dos mais dignos valores da natureza humana.

EDITORIAL

Comemorou-se no dia 1 de dezembro mais um aniversário da Restauração da Independência de Portugal. Sob o domínio filipino da coroa espanhola, Coruche terá vivido um período desfavorável à passagem dos itinerários reais, com a consequente falta de apoio dos nossos reis no que toca à manutenção e reparação das pontes que serviam a travessia do vale. Mas é com a afirmação de Portugal e a efetiva necessidade de se reverem todos os títulos e armas de nobreza que Francisco Coelho, Heraldo da Corte... nos conduz, pelas suas mãos, à primeira coruja de Coruche.

Motivo de congratulação é a distinção recentemente atribuída, pela Academia Portuguesa da História, à obra Casas Novas, numa curva do Sorraia (no 6.º milénio a. n. e. e a seguir), disponível na loja do Museu, bem como os resultados dos trabalhos arqueológicos de 2019 no Barranco do Farinheiro.

Fazemos votos de Boas Festas e que a Luz do solstício de inverno a todos traga paz, saúde e amor.

EDITORIAL

No dia 31 de agosto, na Escola Básica da Erra, não longe da vila de Coruche, as Jornadas de Arqueologia do Sorraia promoveram, no âmbito do projeto Ansor, atividades para os mais novos e para o público em geral. Não longe da Erra, o Barranco do Farinheiro e a ocupação do vale do Sorraia entre 3000 e 2000 antes da nossa era foi a apresentação realizada pelos diretores científicos do projeto.

Ainda, pelos caminhos da Pré-história, o vale do Sorraia levou-nos ao sítio do Monte da Barca, na margem esquerda do rio, onde também se registaram, para o primeiro milénio da nossa era, vestígios de cronologia romana, enquadráveis nos séculos III e IV.

Por sua vez, a multiculturalidade e o património natural marcam forte presença na edição Bienal de Coruche - Percursos com Arte 2019.

Consulte o programa que temos para lhe oferecer e, até ao próximo dia 13 de outubro, faça o Percurso pelo Bairro Novo das Artes.